segunda-feira, novembro 26, 2007

Sete Cidades

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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.


Foto by : eu mesma

domingo, novembro 25, 2007

O prometido é devido

Havia prometido trazer aqui algo muito interessante que existe na minha linda cidade de Ponta Delgada.

Era uma vez uma rua muito, mas muito, estreita, com passeios muito, mas muito, minúsculos.

Um dia essa rua começou a ver uma parte do seu passeio a tomar conta da rua. Pensaram todos que por lá passavam, durante tal intervenção:
– É desta que teremos aqui uns passeios mais largos. Passeios que nos permitam manter os dois pés fora da rua.

Porém, assim como quem não tá mesmo nada a prever, começa a surgir algo de estranho naquele alargamento do passeio. Pensaram agora todos os condutores que por lá passavam:
– É bem, vão colocar mais uns parquímetros por aqui. – e, aborrecidos, com mais uma máquina daquelas a povoar as ruas da nossa Ponta Delgada, prosseguiam caminho.

Todavia, vai que de um momento para o outro, surge algo assim para o “grandote”, preto, parecia nem sei bem o quê. Todos que por aquela rua passavam interrogavam-se:
– Mas que vem a ser isto? Que vem a ser isto?

E assim, como se de algo muito básico se tratasse ouviu-se alguém murmurar:
– É arte, é a arte meus amigos. Arte para vos entrar pelos olhos e esbarrarem nela.






















Agora um exercício muito oportuno.

Imaginem que não conseguem ver. Sim, cegos mesmo, não os distraidos.

Imaginem lá, rua estreita, passeio esguio, passeio um pouco mais largo, vaso de flores, objecto não identificado pelo meio, mais um vaso de flores, passeio novamente esquio.

Certo que para um invisual é já bastante difícil percorrer as lindas ruas estreitas da minha linda cidade. Contudo, mais certo é que obstáculos como estes jamais deveriam ser colocados num passeio, mesmo sendo “obras de arte”.

Para concluir, e na tentativa de vos dar a conhecer o autor de tal escultura, capturei aquilo que julgo se a sua assinatura (julgo que deve ser a digital, pois não percebi nada da suposta inscrição que lá está).













Fotos by: eu mesma

sexta-feira, novembro 23, 2007

Vamos reflectir


Ora, um dia fui às compras ao sítio do costume (meia a dormir como seria de esperar). Lembrei-me que deveria ir ao primeiro andar quando, de repente, encontrei algo que me deixou confusa. Não estava à espera, mesmo nada à espera, daquelas duas coisas no início da escada rolante.

Primeiro pensei que seria uma escultura nova que haviam colocado lá naquele sítio, a ver se o pessoal começa a olhar para a arte de frente (parecida a uma que se encontra na nossa linda cidade de Ponta Delgada, num passeio minúsculo e que nada mais é um obstáculo a quem passa – um dia destes dedico um post a essa escultura). Claro que essa ideia até me entusiasmava, mas... qual não foi o meu espanto ao ver que afinal aquilo servia era para evitar que o pessoal suba as escadas rolantes com os carros das compras, ou, pior ainda, com os carrinhos de bebés (“vá-se lá” saber se também levariam os bebés dentro).

Facto é que subi as escadas sempre a pensar em naquilo.
Possa - dizia para comigo - será que era mesmo preciso colocar aquelas duas barras ali? E continuei a pensar até chegar ao sitio do “cafezito”. (Já vos disse que sou viciada em café?) Sim, fui para o café, pois a vontade de ir às compras no piso superior passou-me. Afinal eu já estava acordada.

Depois cheguei a uma conclusão, pois, realmente, para colocarem aquilo ali é por ter havido com regularidade quem andasse com os tais veículos de rodas nas mesmas.

É deprimente saber que existe quem coloque a sua vida, e, pior ainda, a vida dos outros em perigo num local público e movimentado como aquele.

Gerência do meu sitio habitual de compras agradeço-te com todas as forças das minhas entranhas, e mais, acho que poderiam ter feito algum lucro se tivessem aplicado uma caução a quem se atrevia a fazer tal escalagem.

Que Deus me dê muita saúde nos pulmões para que eu continue a fumar muito (não tem nada a ver mas apeteceu-me).



quarta-feira, novembro 21, 2007

Camila e a palheta azul

Tinha estado uma noite horrorosa, chuvas tremendas, vendavais que só os marinheiros portugueses conheceram. O dia, também não foi melhor, agora a diferença era que estava claro, mas continuava a chuva e o vento.

Estava eu a sair de casa de carro, aí cerca das 21h, quando, de repente, olho para o espelho direito do carro e, qual não é o meu espanto, vejo Camila a iniciar-se numa nova aventura. Dependurada, esvoaçante encontrava-se Camila nos seus primeiros passos de aranha voadora, cabelos ao vento, em risco de partir uma das pernitas.

Confesso que me assustei, estarreci, estremeci com tal visão. Vi Camila pendura por um mísero fio da sua linda teia.
Parei o carro. Agarrei numa palheta azul que tenho próxima do relógio da viatura, abri a janela e coloquei Camila de volta no espelho.

Depois do susto, chegou a hora do ralhamento, contudo, ela ignorou-me, virou as costas e nem agradeceu o salvamento.

Realmente não sei o que faça com Camila.
Facto é que adoro aquela super-aranha.


P.S. : Para mais informações sobre a Camila consulte “post” antigo.

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Carta ao pai natal

Querido pai natal, como tens passado depois destes meses de hibernação?
Espero, sinceramente, que esse descanso imenso tenha-te feito renascer.
Confesso que senti a tua falta ao longo do ano.
A verdade é que me fazes muita falta.

Sabes, ainda interrogo-me do porquê de te ausentares durante tanto tempo e de nunca ter conseguido ver essas tuas barbas (que dizem ser brancas).

Mas não é por isso que te estou a escrever.

Como tu sabes o Natal aproxima-se e não quero correr o risco desta mensagem chegar atrasada. Vá que os carteiros lembram-se de fazer greve novamente? Era uma chatice, não era? Entraria, de certeza, num período de depressão pior do que aquela a que chamam de pós-parto. A minha seria mais pós-presente-algum.
Isto seria uma calamidade.

Olha, pai natal, queria dizer-te que me portei muito bem este ano, mas mesmo muito bem. Ora vê lá tu, quando era mesmo para me portar mal, assim com motivos mais que suficiente para me portar mal, e olha que até o menino Jesus se portaria mal se estivesse perante tais motivos, a verdade é que me portei bem, e tu bem sabes como isso antes era bem complicado para mim.

Bem, passemos a diante, às coisas que realmente importam. Estou a escrever-te estas linhas pois vi algo muito giro, que até penso que deverias ter. Assim, uma coisa muito gira que é fundamental para a vida de hoje em dia. Pois, pai natal, tu sabes bem que controlar o tempo é fundamental na azáfama a que estamos sujeitos. Vai daí que, ao ver tal coisa, achei que deveria dizer-te que é essa coisa que gostaria de ter como presente de natal. Porém, e presta atenção se faz favor, não podes começar a pensar no custo benefício da coisa, deverás antes pensar apenas no benefício, que é o que realmente importa, ou seja, a contagem e controlo do tempo.

E antes de acabar vou deixar-te aqui uma imagem da coisa em si para que não tenhas qualquer dúvida e não te enganes com algo que julgues ser parecido.



Agora não me lembro de mais nada, por isso vou acabando com estas linhas.

Um grande beijo, desta tua crente.

P.S.: Não te esqueças da parte do benefício.

sábado, novembro 17, 2007

Hoje é Sábado

Fui matar o bicho ali na varanda e comecei a pensar sobre o que havia feito até àquele momento.
Sim, por que hoje é Sábado é fundamental fazer um balanço sobre a semana, os dias em geral. E não é que dou por mim a pensar no dia de hoje. Apenas no de hoje.
Certo que de manhã fui ao Mercado (Safari Tropical), confesso que ainda meia a dormir, pois, deitei-me hoje (sim hoje de madrugada, já passava das 3h am – e não me perguntem o porquê). Aquele movimento estava a dar-me a volta à cabeça. Claro que me dirigi apressadamente ao café lá do sitio, e vai do outro lado do balcão aquela voz maravilhosa a perguntar:
“- Café? Não é menina?”
Aquilo foi música para os meus ouvidos. Sentir a máquina a triturar os grãos de café, depois aquele cheiro a encher-me a alma (a verdade é que tentei que o momento perdurasse) e, finalmente, o sabor, aquele doce sabor do café. Bebi-o e ao mesmo tempo fumei o cigarro da manhã que melhor me sabe (sim, pois aquele não foi o primeiro).
Agora sim, pensei eu.
Estou pronta.
Vamos lá ver as lagartas e os caracóis nas couves e nabiças e tentar não levar um deles para casa, pois não me apetece adoptar mais algum animal de estimação.

Por falar nisso. A Camila está de saúde e manda abraços a todos.

quinta-feira, novembro 15, 2007

5ª feira (É um bom título, certo? )

Queria deixar aqui algo de jeito hoje.

(Enquanto penso no que poderei escrever vou fumegando um cigarro.)

Hoje disseram-me: “Querida, tens de deixar de fumar!”
Fiquei a pensar em tais palavras.
1º “Querida” – mas a que carga de água sou querida para quem me disse isso?
2º “tens de deixar de fumar” – possa, porque haveria de deixar este vício? E há que convir que aquele verbo no imperativo não foi algo lá muito positivo.

Depois ainda acrescentaram, "... não é pelos outros mas por ti.”
Claro que tudo o que eu faço é primeiramente por mim, depois os outros, salvo raras excepções (julgo eu). Até penso que sou uma pessoa bastante egoísta, mas enfim sou assim.

Ahah! Lembrei-me agora da Gabriela - personagem de uma telenovela brasileira (não me recordo do nome) que povoou o ecran dos televisores portugueses durante meses.
“Eu nasci assim, eu cresci assim [...]" (o resto não me lembro, mas deve acabar, assim, do género: eu morri assim).

Vou acabar este meu cigarro e parar com os disparates.

segunda-feira, novembro 12, 2007

A ideia luminosa I

Estou um pouco preocupada. A verdade é que até estou assim um pouco mais do que um pouco, mas enfim, em frente.
Estas preocupações em vez de tenderem a desaparecer parecem que se agrupam transformando-se.
Hoje soube que vão fechar ao transito uma rua por onde passo todos os dias, pior, mas muito pior, foi saber que será durante cerca de 4 meses (e conhecendo como conheço os 4 meses previstos...).
É certo que há obras que se têm de fazer, mais que certo, até acho que se deveriam fazer muitas mais. Só que me parece um pouco ilógico realizá-las quando se aproxima o inverno (que como se sabe aqui nas ilhas não é nada chuvoso).
Ora vejamos, já estive a elaborar os percursos alternativos.
Pensei e voltei a pensar, e passei-me. Afinal estes percursos alternativos até não são maus, mas depois tive de contabilizar o tempo a ver qual seria a melhor solução.
Claro que ainda tentei verificar a distancia, mas como neste momento é o que menos importa, dediquei-me ao tempo.
Cheguei à brilhante conclusão que afinal vou ter é de alterar, e em muito, a hora que tenho de sair de casa. Mudar a hora de saída não é mau, não senhora. Agora resta saber se saio mais cedo ou mais tarde. Se sair mais cedo apanho as filas de transito, esta é uma garantia. Se sair mais tarde chegarei mais tarde ao local de trabalho.
Confesso que continuei a pensar.
Coloquei a hipótese de dormir no local de trabalho, mas esta nem é muito viável. Imagine-se lá a trabalheira que seria mudar as “coisitas” para lá!?
Logo eu que ainda nem fiz a minha mudança de casa. Sim, pois comprei um apartamento e ainda só lá estão os móveis e os electrodomésticos, e note-se que fiz tal aquisição no passado mês de Agosto ( Ok. Eu sei. Não é normal. Mas esta minha forma de ser ficará para outro post.)
Para acabar com esta conversa toda, e relativamente à minha grande preocupação, vou é ter de dormir sobre o assunto e esperar que a minha presidente de câmara não tenha mais nenhuma ideia luminosa.

A ideia luminosa

Não é que me inventaram de colocar uns sinais luminosos num cruzamento perto da rua de Sant’Ana?! (nem sei o nome da outra rua) Quando vi aquilo pensei que era a nova iluminação para as festas que se aproximam. Mas, depois vim a saber que afinal aquilo é por causa dos carros que teimam por lá passar.
E porque não escolhem outra rua? Ah?
Bem, na verdade não é por causa do transito, mas sim devido às brilhantes cabeças que decidem alterar os sentidos das ruas e colocar semáforos onde bem entendem.
Claro que logo se vê que não devem passar por ali, muito menos a conduzir.
O escoamento difícil do centro de Ponta Delgada jamais se deveu à falta de um semáforo naquela rua. Tornou-se complicado, sim, quando não se avaliou o impacto das tais alterações causariam.
Agora estou para aqui a pensar que gostaria muito mais que aquele semáforo fosse a nova iluminação de natal da minha querida Berta Cabral.

domingo, novembro 11, 2007

sábado, novembro 03, 2007

quinta-feira, novembro 01, 2007