sexta-feira, janeiro 25, 2008

Pausa para café

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Sabe bem, não sabe?!

Aqui nada falta, até os meus amigos cá estão.

Claro, Casa Marisca é o que está a dar.

Casa Marisca Restaurante - Cervejaria

Estava um lindo dia de chuva, alguma humidade e frio (a parte do frio foi para disfarçar, mas quente não estava). Andávamos nós tentar saber onde iríamos almoçar quando um afirmou haver uns restaurantes na rua de baixo. Assim, optamos por um restaurante que alguém se lembrou como sendo próximo e até nada mau.
- Come-se bem. – Dizia um.
- Sim, também já lá estive uma vez. – Retorqui eu ao chegarmos mais perto.
A chuva continuava intensa, mas lá entramos e fomos sentar a uma mesinha que se encontrava com o letreiro de “Reservada”. Claro que quem nos indicou a tal mesa foi lá o senhor que andava a orientar o serviço à mesa.

Devoramos as entradas, fizemos os nossos pedidos e deliciámo-nos com o que comemos, exceptuando-se aquelas duas almas que não tinham pedido o arroz de lapas.

De repente um de nós disse:
- Parece-me que se pode fumar na parte debaixo deste restaurante.
Fiquei logo em pulgas, e certifiquei da veracidade da afirmação junto do que andava a servir às mesas e logo decidi que iria tomar o café de final de refeição naquele espaço maravilhoso. Imagine-se que até tem acesso por uma escada interior.

Lá descemos. Ao iniciar a minha descida comecei a inalar um cheiro familiar. Sim, sim, era o perfume tão doce e característico daquelas folhas de tabaco.

Sentamo-nos à mesa, novamente, e foram servidos os cafés. Estava tudo com um ar de satisfação indescritível. Bebemos café e fartamo-nos de fumar (pelo menos eu).

Seguiu-se uma sessão fotográfica, mas as imagens não ficaram muito boas devido à comoção em que nos encontrávamos.










O grupo.











A vítima...


Só vos digo, a Casa Marisca passou a ser um lugar de culto para esta humilde fumadora.










O espaço interior.











Adoro autocolantes Azuis.

Aqui vos deixo o endereço para que mais facilmente possam chegar a este local de culto:


Rua Engenheiro José Cordeiro 125
9500-311 PONTA DELGADA
São Pedro
São Miguel
Açores


Telefone
296382780

sábado, janeiro 12, 2008

750€

Ora, mais uma semana que passou e nada de novo.
Assim fica difícil de se escrever seja o que for. Pese embora algumas “coisitas” pelo mundo, “coisitas” também nada de novas. Deviam mas era inovar. Até estou a pensar aqui numas coisas bem giras, mas bem giras mesmo.
Então vejamos, é preciso algo de novo. Assim, tipo algo diferente. Estou aqui a pensar naquilo que gostaria que o meu país fosse diferente.
Reflectindo, nos EUA e no Canadá é proibido o fumo, certo? Então, para não estarmos aqui a fazer sempre o que todos os outros fazem, com a agravante de se fazer anos de luz mais tarde, deveríamos era permitir o fumo por todo o lado. É que vendo bem as coisas já o permitimos, é vê-lo a sair todo feliz pelos tubos de escape dos nossos “pópós”, carrinhos, autocarros e semoventes afins, é vê-lo dançando o tango pelas chaminés das nossas indústrias transformadoras, é vê-lo no Verão em toda a sua magnitude durante e após um grande incêndio (pois, o incêndio tem é de ser grande, caso contrário seria apenas uma mísera fumaça).
Se assim é, que mal tem o “fuminho” de um “cigarrito” (seja ele de que marca for).
Vá, digam lá, que mal tem?
Só de pensar nas coisas maravilhosas que se fazem com o “fuminho” de um “cigarrinho” até fico arrepiada. É ver fazer círculos, todos muito lindos e perfeitos, depois passar um outro “fuminho” por entre esse círculo.
E fumar em grupo.
Possa, isto até é que é mesmo delirante, é a partilha, a dádiva de um para o outro daquilo que é tanto dos pulmões de cada qual. A isto é o que chamo de verdadeira harmonia entre os pares. Sim, sim, harmonia. Qualquer fumador vendo outro fumador é capaz de partilhar aquela coisa mais linda com o outro, nem que seja o “fuminho” dele.
E sabem o que ainda é bem melhor? Sabem?
É a dança dos isqueiros, “Olha dás-me lume?” e é ver isqueiros todos felizes a saírem das carteiras e dos bolsos todos eles muito animados.
Pára tudo (inclusive eu).
O Jorge Palma está lixado.
Que cena!
Como é que ele agora irá cantar a coisa do “dá-me lume”?
"- São 750€ meu senhor."

segunda-feira, janeiro 07, 2008

A tradição

Hoje, lá no local de trabalho, vieram ter comigo com uma conversa do género:
- Nós por cá temos uma tradição... realizamos um sorteio anual, assim a seguir ao dia de Reis, no qual sai a “sorte” a alguém que no próximo ano terá de comprar um Bolo Rei.
De seguida, continuou:
- Colocamos umas rifas e todos tiram uma, depois a quem sair a rifa premiada compra o tal bolo.
Achei interessante, até que sou um pouco pela continuidade das tradições instituídas, e nem as questiono muito.
Bem, já se está a ver que aceitei a tal coisa da rifa e das sortes, mas antes questionei o porquê de nunca o terem perguntado, atendendo que por ali ando desde 2003. Mas, enfim, segui adiante e não questionei mais.

Passaram-se algumas horas e estava eu ao telefone quando apareceu uma “cabecita” à porta do meu gabinete tipo a querer dizer que iriam dar início ao processo. Bem, eu estava ao telefone e nele continuei. O tempo prosseguiu e assim que tive oportunidade lá me dirigi ao tal gabinete onde seriam tiradas as tais sortes. Para meu espanto, no envelope das rifas só restava uma. Sim, apenas uma, a minha. E para meu maior espanto era a rifa premiada.
Fiquei surpresa, em toda a minha vida jamais me havia saído algo numa rifa e logo hoje tinha algo escrito naquele pequeno papel enrolado (se bem que tenho de confessar que nunca comprei uma dessas coisas embrulhadas).
Para não alongar mais isto, o facto (ou fato) é que no próximo ano terei de comprar o tal Bolo Rei. Porém, ainda subsiste em mim uma dúvida existencial: saiu-me mesmo aquela coisa das sortes, ou estarei a sonhar?!

Bem, lá terei de fazer manter a tradição, mas penso que depois do meu bolo jamais irão querer que a tradição passe pelas sortes.

Facto ou fato, ou como queiram...

Vim arejar, abrir uma janela e deixar entrar um pouco do frio do Inverno.
Não consigo saber o porquê de não vir aqui desde o ano passado (vá, assim fica a parecer que não coloco os dedos por estas bandas há muito tempo – confesso que agora até fiquei arrepiada.).

Não sei bem o que escrever, poderia até tentar algo diferente...
Sei lá...
Talvez o pino (elemento artístico que coloca as mãos no solo e os pés no ar).
Sim, poderia fazer o pino e depois tentar equilibrar-me numa mão apenas, correndo o enorme risco de me estatelar em cheio no chão (“cair toda junta” – expressão que me amassa a alma quando ouço).
Mas não, o melhor é não tentar isso, com a agravante de que teria de ter um adulto por perto caso intentasse em tal aventura.

Estou com algumas dúvidas. Acho que até não estou a gostar muito disso.
Ah! Lembrei-me de uma coisa muito importante. Lembrei da Camila, não perguntem porquê, mas agora lembrei dela, mais informo que julgo que esteja de saúde e rodeada pelos filhotes.

Será que com o novo acordo ortográfico algumas das minhas palavras passarão a fazer sentido? (mais uma dúvida).

O melhor é deixar isto aqui por aqui mesmo, não estou a escrever coisa com coisa, e “a não sei das quantas não bate com a perdigota” (é o que digo – FUI).