. Caminhando "Fiel à República, à liberdade, à democracia, ao socialismo e, sobretudo, fiel a Portugal e ao povo português" Manuel alegre .
sexta-feira, novembro 11, 2011
Escritor em crise
as letras
alimentam a alma, mas o corpo pede pão
sente o frio, o inverno prenuncia-se
os pés gelam
o dedos não já não seguram a caneta
a revisão do texto tem de ser feita
o filho espera no ecran
terça-feira, maio 10, 2011
desabafo
Por vezes dou por mim a desempenhar funções que jamais pensaram pela minha cabeça. Por vezes, e em tom de galhofa, digo: - Preciso de um chapéu à bombeiro. (E, depois, penso no Jordão)
No fundo sinto-me um dado em constante movimento.
terça-feira, março 22, 2011
Estudo

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As horas passavam e nem dava por elas.
segunda-feira, março 14, 2011
sexta-feira, março 11, 2011
A Informação em tempo útil.
Ruído no retorno de informação é perda de tempo e de capital.

terça-feira, outubro 19, 2010
Notícia de última hora
Portugal em 2011
O Orçamento de Estado para 2011 conduzirá o país à recessão e ao fim do Estado Social.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) deveria actuar o quanto antes, e acabar de uma vez por todas com este sebastianismo que teima em correr nas veias do povo português.
terça-feira, setembro 07, 2010
“A eterna juventude do microfilme” – a frase não é minha, mas não desgosto.
Há algum tempo, deram-me a ler dois artigos que sairam na comunicação social imprensa, sob o grande chavão “A eterna juventude do micofilme”.
Não foi com nenhuma admiração que os li, nem muito menos a mensagem a passar era nova para mim. Todavia, o dedo é apontado ao governo numa área que me é muito querida e pela qual nas últimas duas ligislaturas muito se tem feito (é lamentável que isso não seja referido, mas também parece-me não ser fulcral para os projectos que se encontram em desenvolvimento). Assim, não pretendo, aqui, entrar em defesa da administração pública regional, nem pouco mais ou menos. Porém, e por ser arquivista (de alma e coração), gostaria de deixar algumas palavras.
Como é do conhecimento geral (espero eu) no final da última legislatura início desta foram lançadas as bases que definem a política arquivistica regional, enquadrada na política nacional, mas com algumas nuances. Estas nuances colocaram a Região Autónoma dos Açores na vanguarda (no que toca aos textos legais, que são o fundamento de um projecto sólido), no novo paradigma (palavra muito na moda, que já deixou de fazer sentido, no que se refere ao seu aspecto de “novo”).
É também do conhecimento geral que o microfilme continua a ser reconhecido na lei como suporte alternativo ao papel, com o seu devido valor legal (o seu carácter probatório). Assim, parece-me que a “Eterna juventude do microfilme” não é posta em causa.
Claro que entendo e aceito que as empresas prestadoras deste serviço queiram-no realizar na administração pública e apresento aqui, desde já, os meus agradecimento por existirem empresas do ramo.
No entanto, e sempre que se pretenda microfilmar é imprescindível ter em conta alguns factores e a sua devida contextualização.
I.Ao nível da contextualização convém considerar que, e na Região Autónoma dos Açores,:
1.A administração pública regional possui documentação acumulada com 34 anos de idade (é jovem sim);
2.Desde 2007 os organismos regionais passaram a poder usufruir de profissionais de especializados na área de arquivo inseridos e agindo no contexto organizacional, que contribuem para uma melhor gestão da informação, de acordo com uma base legal que define exactamente âmbito e conteúdo da sua acção.
Não vou contextualizar mais.
Continuando, algumas questões têm de ser colocadas em cima da mesa quando se pretende tranferir a informação de suporte:
O que é que se pretende microfilmar?
A documentação a microfilmar já foi avaliada pelos técnicos especializados da área?
É necessário microfilmar?
II.Passemos a alguns factores fulcrais (só alguns) que devem ser analisados e considerados quando se pretende mudar do suporte papel para o suporte microfilme.
1.É passível de microfilmagem a documentação de valor secundário, de conservação permanente.
2.É passível de microfilmagem a documentação que por algum motivo se encontre em risco de conservação e preservação, ou que esteja a colocar em risco o acervo informativo.
3.É passível de microfilmagem a documentação que, abrangida pelos pontos 1.e 2., seja de utilização frequente.
Não vou apresentar mais factores directamente relacionados com a preservação da informação, no que diz respeito a matéria de microfilmagem.
III.Outro aspecto a ter em conta, não menos importante que os anteriores, é a questão financeira e económica.
Qual o custo/ benefício?
1.Se a documentação a microfilmar já foi alvo de avaliação, por parte de especialistas da área, o custo/benefício dependerá dos pontos I. e II. E concerteza o seu custo não será elevado e o benefício será reconhecido.
2.Se o organismo que tem a sua informação em microfilme necessitar de a imprimir com carácter urgente que meios possui para o fazer?
a.ou Investe no equipamento,
b.ou cria uma parceria com a empresa que microfilmou, ou outra,
garantindo poder obter a sua informação em tempo útil.
Não me vou alongar mais.
NOTA FINAL: Por favor não microfilmem requisições, nem facturas, nem mapas mensais de assiduidade, nem balancetes.
segunda-feira, junho 28, 2010
Em Ponta Delgada

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segunda-feira, junho 07, 2010
Viola da Terra
Viola da Terra, ou, como também é conhecida, Viola de Arame.
Esta viola pertenceu a um grande tocador micaelense, que partiu de entre nós este ano. Ganhou vida pelas mãos do Sr. Carlos Quental, tendo sido construída para ele. O Sr. Carlos Quental foi um homem que dedicou a maior parte da sua vida ao folclore açoriano e o levou aos quatro cantos do mundo. Com ele aprendi a acompanhar este magnifico instrumento. E foi através dele que consegui ter a minha primeira Viola da Terra, que teve de ser construída em Santa Maria por já não haver "construtores como antigamente" (palavras de quem sabe do que fala), a qual teve de ser encordoada pelo prórpio Sr. Quental e esteve em exposição durante as festas marienses.
As suas duas filhas entregaram-me a guarda deste magnifico instrumento (o primeiro do grande tocador), que foi construído em Vila Franca do Campo, Ilha de São Miguel.
As notas que dele tirar são para si, esteja onde estiver.
quarta-feira, junho 02, 2010
Metropolis - 1927
In: Arquivonline
"No dia 10 de janeiro de 1927, estreava em Berlim, o filme de ficção científica Metrópolis, dirigido pelo cineasta Fritz Lang. Com um dos maiores orçamentos da época e produzido para concorrer com Hollywood, o longa não foi bem recebido pelo público e crítica, levando seus produtores quase a falência. O estúdio Paramount, responsável pela distribuição mundial do filme, realizou diversos cortes no longa quando de sua exibição nos Estados Unidos. Desde então, o filme ganhou várias versões, umas mais curtas e outras mais longas, e o original, tal como apresentado em 1927, acabou se perdendo.
Pouco valorizado na época, com passar do tempo, Metrópolis ganhou o status de cult, sendo apontado como um símbolo do expressionismo alemão e percursor de todos os filmes de ficção científica. Em 2001, a Unesco declarou o filme como pertencente a Memória da Humanidade. Cinéfilos e historiadores procuraram durante anos a versão original em arquivos de diversas partes do mundo, mas não obtiveram sucesso.
Em 2008, uma versão do original foi encontrada num pequeno museu em Buenos Aires. Os rolos não estavam no seu melhor estado de conservação, mas mesmo assim foi possível a realização da restauração do material.
Sob a supervisão do arquivista e historiador alemão Martin Koerber, o filme foi restaurado e as cenas faltantes incluídas, totalizando cerca de 145 minutos de duração. Algo próximo da duração original, de 153 minutos.
A reestréia do filme ocorreu no dia 12 de fevereiro, na abertura do Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale), com exibição ao ar livre, diante do Portão de Brandemburgo. Como é de costume, em breve o filme deve ganhar uma versão em DVD, com as cenas adicionadas.

No futuro (2025), enquanto os poderosos vivem na superfície, a classe operária é escravizada por máquinas e obrigada a viver no subsolo. Maria, uma das líderes dos operários, exerce grande influência entre eles, os incentivando a reivindicar por melhores condições de vida. Com o intuito de promover a discórdia entre os operários, o poderoso empresário Joh Fredersen, decide investir na produção de um robô à imagem e semelhança de Maria, infiltrando a máquina entre os operários. Joh só não imagina, que o seu único herdeiro, Freder, está apaixonado por Maria. "
Mais sobre o Filme aqui no Youtube
quinta-feira, maio 27, 2010
Para descontrair
Cultura "perteguesa"... PORQUE O SABER NÃO OCUPA LUGAR!
Alevantar
O acto de levantar com convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.
Amandar
O acto de atirar com força: 'O guarda-redes amandou a bola para bem longe'
Aspergic
Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.
Assentar
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento.
Capom
Tampa de motor de carros que quando se fecha faz POM!
Destrocar
Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.
Disvorciada
Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.
É assim...
Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase. Muito utilizado por jornalistas e intelectuais.
Entropeçar
Tropeçar duas vezes seguidas.
Êros
Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses.
Falastes, dissestes...
Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES..
Fracturação
O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.
Há-des
Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular: 'Eu hei-de cá vir um dia; tu há-des cá vir um dia...' TU HÁS-DE!
Inclusiver
Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante 'Inclusivel'.
Mô
A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?
Nha
Assim como Mô, é a forma mais prática de articular a palavra MINHA. Para quê perder tempo, não é? Fica sempre bem dizer 'Nha Mãe' e é uma poupança extraordinária.
Númaro
Também com a vertente 'númbaro'. Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!
Parteleira
Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.
Perssunal
O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.: 'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.
Pitaxio
Aperitivo da classe do 'mindoím'.
Prontus
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um 'prontus'! Fica sempre bem.
Prutugal
País ao lado da Espanha. Não é a Francia.
Quaise
Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais... Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.
Stander
Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis. O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'...
Tipo
Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. É assim... tipo, tás a ver?
Treuze
Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.
quarta-feira, maio 26, 2010
Onde está a crise?
A minha paleta de cores, com que pinto o meu Portugal, esvazia-se de sentidos.
Está cada vez mais difícil, para não dizer quase impossível, pedir àquela família (que já entregou os seus filhos a uma instituição de solidariedade, pois já não tinha como os sustentar) que contribua para este meu Portugal.
Preciso de continuar a ter esperança, preciso de continuar a acreditar neste meu Portugal.
REDUZIR A DESPESA PÚBLICA?????????
· Despacho n.º 8346/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à empresa Deloitte & Touche, Lda., António José Oliveira Figueira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8347/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares Rui Manuel Alves Pereira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8348/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita ao Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços Vítor Manuel Gomes Martins Marques Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8349/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Augusto Lopes de Andrade para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8350/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à empresa Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.,Arnaldo de Oliveira Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8351/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o assistente operacional Jorge Martins Morais da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8352/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o assistente operacional Jorge Orlando Duarte Vouga do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8353/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Jorge Henrique dos Santos Teixeira da Cunha para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8354/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa a agente principal da Polícia de Segurança Pública Liliana de Brito para exercer funções de apoio administrativo no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8355/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública José Duarte Barroca Delgado para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8356/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Manuel Benjamim Pereira Martinho para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8357/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Horácio Paulo Pereira Fernandes para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
· Despacho n.º 8358/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Custódio Brissos Pinto para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
INFORMAÇÃO ENVIADA POR RF
segunda-feira, maio 24, 2010
Dia dos Açores


O Dia dos Açores é comemorado, hoje, na ilha mais pequena do Arquipélago, Ilha do Corvo.
A Ilha do Corvo fica localizada no Grupo Ocidental, a Norte da Ilha das Flores. A sua densidade populacional é de pouco mais de 400 habitantes (de acordo com os dados do último senso). A população fixa-se em um único espaço, na Vila do Corvo, por motivos de ordem social e cultural.
Este ano o Governo Regional dos Açores comemora o dia maior do arquipélago naquela ilha. De realçar o investimento do executivo em termos tecnológicos, tendo sido disponibilizada a rede wireless em toda a Vila do Corvo.
Das insígnias atribuídas este ano destaco as Insígnias de Valor:
- Joaquim Teófilo Fernandes Braga
- Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue
Finalmente é-lhes reconhecido o seu contributo para a República Portuguesa.
Para mais informações sobre as insígnias atribuídas consulte a Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Documento com as notas biográficas dos condecorados.
sábado, maio 22, 2010
O meu Portugal
Mas, estranhei o facto de ao ler o tal artigo já não conseguir comover-me (coisa que antes me deixaria completamente abalada, revoltada, com vontade de sair à rua e sacudir este meu País). Comecei a pensar que eu não poderia estar a mudar assim tanto, algo se passaria comigo para não reagir como dantes. Bem, facto é que, diariamente, sou (e todos somos) bombardeada com notícias sobre a crise, a financeira, a económica, a social. Provavelmente todas essas notícias têm um efeito amortecedor, atordoam-me.
No entanto, e passado mais de três semanas sobre a referida leitura, cá estou eu a tentar a reflectir sobre a fome, e sendo esta reflexão, fruto da leitura do dito artigo (só pode).
Afinal, não estou assim tão “amortecida”.
A fome parece estar a assumir características novas, ela já era a fome daqueles que trabalham e não têm mais qualquer tipo de apoio, e que mesmo assim o dinheiro não dá para os gastos, e que se não fosse a ajuda da família mais próxima os fracos alicerces, já débeis, daquele agregado familiar ruiriam por completo; a fome daqueles que não querem trabalhar, até porque trabalhar implicaria perderem o direito aos vários tipos de apoios que, mensalmente recebem, e que mesmo assim não conseguem gerir os mais de 1000€ que lhes entra todos os meses pela porta dentro; a fome de uma classe média empobrecida (que vê agravada a sua fome) que avoluma o número daqueles que vivem abaixo do limiar da pobreza.
É certo que todos temos de comparticipar na recuperação do meu Portugal.
É certo que o meu Portugal está em ruptura e é preciso agir.
Também é certo que é necessário aumentar a taxa de esforço.
É certo que se diz que a taxa de esforço (IRS, IVA, …) não é igual para todos, embora se olhar para o IVA esta certeza caia por terra.
O que não é certo é, nem lógico, nem sequer é um razoável acto gestionário, é aplicar uma taxa de esforço (por menor que ela seja, por mais indirecta que seja aplicada) a quem já não tem no que aplicar.
Um exemplo simples:
Um agregado familiar, da dita classe média baixa, (pai, mãe e filho menor, ele desempregado há mais de três anos e à procura de emprego) que esteja com um rendimento mensal de 500€. A renda da casa (de duas divisões) leva-lhes 400€ (não conseguem mudar para outra pois, de acordo com as regras, é necessário adiantar 2 meses de renda). Assim sobra-lhes 100€, os quais ainda têm de descontar a água, o gás e a luz, cujos consumos estão reduzidos ao mínimo. As luzes abrem-se quando já está noite, e a televisão já não existe, o principal consumidor lá de casa é o frigorífico velho que no silêncio da noite marca a sua presença.
O que sobra?
Mas o que é que sobra para que a tal “pequena” taxa de esforço possa ser aplicada?
Não posso continuar este exercício.
terça-feira, maio 18, 2010
quarta-feira, maio 12, 2010
terça-feira, maio 04, 2010
Estou cansada da incompetência

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Eu e o técnico de informática
Estava eu a tentar imprimir um documento quando deparei-me que a impressora não estava a responder. Andei para um lado e para o outro tentando perceber o que poderia estar a acontecer. Finalmente, lembrei que o utilizador da máquina onde está instalada a impressora disse-me que tinham estado a refazer-lhe o equipamento, pelo que fez-se luz nesta minha cabecita: SÓ PODEM TER ESQUECIDO DE PARTILHAR A PORCARIA DA IMPRESSORA (pois já não é a primeira vez que acontece).
Assim, peguei no telefone e liguei ao técnico de informática.
E a conversa foi de tal ordem surreal que a coloco aqui.
Eu: Olha, sabes, parece-me que quando preparaste aquela máquina esqueceste de a deixar a impressora partilhada.
TI: Não esqueci… nem sabia que era… o utilizador da máquina é que tem de dizer.
Eu: Sabes bem que muitos utilizadores nem sabem o que é que significa isso.
TI: Mas eles é que têm de dizer.
Eu: Olha e o que precisas para por aquela impressora partilhada?
TI: Vou tentar remotamente.
Eu: Ok – respondi eu incrédula.
(minutos depois)
TI: Não consigo remotamente, tem de ser com user do utilizador.
Eu, já "estrabuchando", pois sabia que ele não conseguiria de outra forma, nem estava a perceber porque é que me tentou enganar da primeira vez, com a coisa do remoto, respondi:
- Vou falar com o utilizador e pedir isso.
Resolvida a questão do Login e Password e voltamos à conversa.
O TI lá fez o que tinha a fazer, mas primeiro ainda foi necessário dar-lhe o controlo remoto da máquina em si.
Passados poucos minutos, ligou-me a dizer que já estava feito. Assim, e sabendo que teria de ser eu mesma ir buscar a impressora, lá fiz aquelas perguntas de praxe:
- Está com que nome? – perguntei eu.
O TI indicou lá o nome, e eu procurei e… nada.
Ao que perguntei:
- E a localização? - Novamente a resposta que veio do outro lado não foi eficaz, ou seja, parecia que ele nem a sabia. Finalmente disse-lhe:
- Olha, deixa estar, eu mesma irei à máquina ver o nome da impressora e sua localização.
Resultado – JÁ IMPRIME.
Parece-me que o TI está com graves falhas na sua memória recente, talvez esteja a necessitar de um upgrade, ou algo mais.
Chega para lá marisco de aquário.
segunda-feira, abril 12, 2010
Profissões - Arquivista - Gestor de Informação (não jornalista) - a resistência
Vou continuar a tentar resistir à tentação.