terça-feira, outubro 09, 2007

...

eram tuas as palavras que sinto minhas...

sinto escurecer a noite...

um corvo entoa melodias que desconheço

4 comentários:

Anónimo disse...

Era uma vez um comentário pequenino.
Vivia no cantinho de um blogue, e sempre que um post aparecia, chovesse ou fizesse sol,lá ia ele, e só se lembrava de ter falhado naquela época em que os Espanhóis o impediram, prendendo-o nas suas redes.
Pequenino, é certo, mas sincero e sentido, não era de grandes conversas, mas também, nunca o fora por ali, que isso de grandes voos pode sempre trazer problemas.
Um dia alguém disse que ele era pequenino. Sim... pequenino.
Pensou, pensou e voltou a pensar, chegou mesmo a ponderar crescer, crescer muito, ficar um comentário gigante, ele que sempre fora pequenino, já se imaginava um autêntico livro, uma Biblia mesmo, quem sabe, talvez um Alcorão.
Mas depressa desistiu.
É que exactamente naquela altura, naquele preciso momento alguém escreveu um poema apenas com três linhas...sim só três, mas eram bonitas, sim tão bonitas e sentidas que bastava... saber interpretar


Ass:O comentário

Anónimo disse...

eram minhas as palavras que sentes tuas…

sinto o amanhecer…

uma gaivota entoa melodias que reconheço

Anónimo disse...

I am the escaped one,
After I was born
They locked me up inside me
But I left.
My soul seeks me,
Through hills and valley,
I hope my soul
Never finds me.

Me Miselfe and i.

Anónimo disse...

[...]
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,
E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
[...]
Edgar Allan Poe
Tradução: Fernando Pessoa

EU