Estou danada.
As passadeiras da minha cidade dariam um filme...
Hoje, estava a ir almoçar e ao virar uma esquina na baixa vi uma moto a embater na traseira de um carro.
Facto foi que o carro teve de parar para dar passagem a um peão, sim, por incrivel que pareça o peão até estava na passadeira! De seguida a moto enfia-se na traseira do carro, pois pretendia entrar primeiro que eu na rua, algo que eu nem tentaria apertar (é hora de almoço e tento ser condescendente, pois o que pretendo é mesmo almoçar).
Resultado, embate.
Pensei que iria passar a hora de almoço a ver uma discussão interminável entre a condutora do carro e o do motociclo. Contudo, nada disto aconteceu, a senhora saiu calmamente do carro, olhou a traseira do mesmo e reparou que tinha sido apenas um encosto e que nada se havia partido. O condutor da moto, por seu lado, pediu logo desculpas e o assunto morreu ali mesmo, seguimos todos viagem.
Depois fui comentando o facto com uma amiga ao telemóvel (note-se que estava com auricular, daqueles sem fios que não atrapalham a condução) e fomos relatando a quantidade de passadeiras mal colocadas na minha cidade.
É incrivel, mas elas surgem onde menos esperamos. Veja-se o exemplo, mesmo perto de uma rotunda de 3 faixas existem passadeiras. Agora expliquem-me, por favor, como se evitam atropelamentos nas passadeiras se elas são colocadas à saída de rotundas? Ao virar de uma esquina com pouca visibilidade? Poderia passar a noite às voltas com as passadeiras mas não o farei, pois, agora, até já estou a pensar em outros casos caricatos. Ora aqui vai um exemplo: perto daquela mesma rotunda de 3 faixas, a poucos metros, mesmo antes da entrada para a mesma, existe uma paragem de mini-bus. Agora imaginem o caos que é em hora de ponta, quando o transito aperta naquela zona, que dá acesso a vários pontos e é elo de ligação com uma das principais saidas da minha cidade.
Acho que o que pretendem os responsáveis por tais atrocidades é testar a capacidade dos cidadãos de se controlarem.
- Vá tem calma! - passo a vida nisto para mim mesma, quando estou ao volante.
- Tem calma... Que calma?
Temos lá culpa de que quem anda a tomar essas decisões não tenha dois palmos de testa? Depois a culpa é dos condutores. Ai, que não respeitam nada nem ninguem...
Parece-me que tudo isso deverá ser ponderado. Claro que respeitamos, mais do que ninguem respeitamos. É ver-nos, tipo super-herois, a tentar evitar acidentes e mortes desnecessárias se algumas regras básicas, e do bom senso, fossem tidas em conta em relação às vias públicas.