Andei a pensar um pouco sobre o Homem, a natureza humana, a origem, a espécie, as variantes da espécie (os azuis escuros e os azuis claros), o comportamento, a cultura e o meio, as crenças e suas formas de expressão, entre tantos outros aspectos. Tudo isto envolto de uma neblina, um pouco até, celestial.
Aquela minha forma de olhar o Homem tornou-se então clara, obvia, e acima de tudo ainda mais interiorizada.
(Convém esclarecer que olho o Homem sempre como algo bom, positivo, criado para o bem e, como tal, propulsor do mesmo)
No entanto, é necessário salientar que o tal lado perverso, mesquinho e mau do Homem é também por mim conhecido. Assim, e consciente de tal facto, por vezes sinto vontade de “abanar” tais mentes cristalizadas, empobrecidas, empoeiradas e gastas pelo não uso do intelecto.
Lá parto eu numa epopeia angustiante, numa viagem desgastante, na tentativa de tentar mudar algo. Muitas vezes aporto meu bote num pequeno cais, e, cansada, sinto saudades de “casa”, com vontade de deixar ali os remos e regressar de avião (sim, que este meio é mais rápido que o bote. Felcom, para que fui eu de bote?).
Porém, não desisto. Tento mais uma vez, e mais uma vez e, ainda, mais uma vez (na vã ambição de algo poder ser diferente).
Contudo, o dia chega que me faz cair por terra, deixar o bote, abandonar os remos, comprar o bilhete de avião e tomar o voo com menos escalas de regresso a casa.
Desisti?
Fracassei?
Era vã a minha ambição?
Não. Apenas precisei encontrar novamente o conforto, a simplicidade, a clareza das ideias.
2 comentários:
Não precisas de bote nem mesmo de avião.
Vai para onde o pensamento te levar.
Mi Myself and I.
Tou confuso.
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