domingo, novembro 25, 2007

O prometido é devido

Havia prometido trazer aqui algo muito interessante que existe na minha linda cidade de Ponta Delgada.

Era uma vez uma rua muito, mas muito, estreita, com passeios muito, mas muito, minúsculos.

Um dia essa rua começou a ver uma parte do seu passeio a tomar conta da rua. Pensaram todos que por lá passavam, durante tal intervenção:
– É desta que teremos aqui uns passeios mais largos. Passeios que nos permitam manter os dois pés fora da rua.

Porém, assim como quem não tá mesmo nada a prever, começa a surgir algo de estranho naquele alargamento do passeio. Pensaram agora todos os condutores que por lá passavam:
– É bem, vão colocar mais uns parquímetros por aqui. – e, aborrecidos, com mais uma máquina daquelas a povoar as ruas da nossa Ponta Delgada, prosseguiam caminho.

Todavia, vai que de um momento para o outro, surge algo assim para o “grandote”, preto, parecia nem sei bem o quê. Todos que por aquela rua passavam interrogavam-se:
– Mas que vem a ser isto? Que vem a ser isto?

E assim, como se de algo muito básico se tratasse ouviu-se alguém murmurar:
– É arte, é a arte meus amigos. Arte para vos entrar pelos olhos e esbarrarem nela.






















Agora um exercício muito oportuno.

Imaginem que não conseguem ver. Sim, cegos mesmo, não os distraidos.

Imaginem lá, rua estreita, passeio esguio, passeio um pouco mais largo, vaso de flores, objecto não identificado pelo meio, mais um vaso de flores, passeio novamente esquio.

Certo que para um invisual é já bastante difícil percorrer as lindas ruas estreitas da minha linda cidade. Contudo, mais certo é que obstáculos como estes jamais deveriam ser colocados num passeio, mesmo sendo “obras de arte”.

Para concluir, e na tentativa de vos dar a conhecer o autor de tal escultura, capturei aquilo que julgo se a sua assinatura (julgo que deve ser a digital, pois não percebi nada da suposta inscrição que lá está).













Fotos by: eu mesma

2 comentários:

Anónimo disse...

Pxehhhh, arte!
Para mostrar a esses meninos do continete que não são só eles... arte.
Já agora que rua é esta?
Não? Não tou a ver.
Abraço

Anónimo disse...

E lá te explicaram tudo mal outra vez.
Então não vez que isto é um parquimetro? Sim um parquimetro!
É especial eu sei, foi mandado fazer de proposito ao escultor Ricardo Lalanda, mas não deixa de ser um parquimetro.
E é especial porque foi feito para uso exclusivo do trenó do Pai Natal
(A ranhura só admite moedas do Polo Norte)

4C-A