Confesso que esta é a terceira vez que tento escrever algo para colocar aqui no blog, e que as outras duas tive mesmo de apagar por uma questão de bom senso.
Não sei bem o que se passa, mas parece que me falta algo.
Parece-me que aquela minha falta de jeito anda a querer apoderar-se de mim mais uma vez.
Tenho andado a reflectir um pouco sobre tudo, e, claro, o resultado não poderia ser outro, uma grande confusão. Vá, quem me manda a mim tentar pensar um pouco sobre tudo? (Agora ali no lugar do “mim” provavelmente deveria ter escrito um “eu”, mas deixo isso à consideração de quem lê.)
Já não basta quando penso um pouco sobre um pouco? E mesmo assim parece que endoideço. Quem mandou pensar sobre tudo?
Facto recente é que a rua que atrapalhava o meu percurso diário está quase, mas quase, novamente operacional. Porém, parece que deverá levar mais uns quatro meses só para fazer as passadeiras, e agora estão com a mania de as fazerem em empedrado. Fica giro, é certo, mas estão a demorar um pouco para além da conta, não acham? Talvez quando as recuperações do nosso Museu terminarem as passadeiras já lá estarão. Quem sabe? Talvez.
Estou um pouco cansada de ver esta minha cidade de pernas ao ar. São buracos por todos os lados. Ruas esburacadas, travessas esburacadas, até a avenida está esburacada. (Mas sobre a avenida ficará para mais tarde.)
Não vejo o dia de ter a minha cidade devolta a mim, a nós. (Estava a ser um pouco egoísta.) Já nem consigo lembrar de como era antes e isto não é nada bom. Se tivesse presente essa imagem de antes poderia muito mais facilmente absorver a nova imagem que lhe querem dar.
Agora lembrei de uma música dos Tunídeos:
“Longe de ti não sei viver
Minha pacata cidade
Onde aprendi a crescer
Também a sentir saudade
Dos amores que eu vivi
Nesta vida amargurada
Nenhum se compara a ti
Ó doce Ponta Delgada”
1 comentário:
Em que língua se diz, em que nação,
Em que outra humanidade se aprendeu
A palavra que ordene a confusão
Que neste remoinho se teceu?
Que murmúrio de vento, que dourados
Cantos de ave pousada em altos ramos
Dirão, em som, as coisas que, calados,
No silêncio dos olhos confessamos?
José Saramago
...
Quanto ao resto olha que ela bem avisou “MÃOS À OBRA” e puseram...as mãos, os pés, os pés pelas mãos e...muito pouca cabeça :D
Ups eu não posso dizer estas coisas…fica-me mal
4C-A
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