O que o teu amor me dá:
a pérola no centro,
a exacta e pequena pérola
por onde a luz se esvai,
num fechar de olhos,
entre nós.
E o riso tão inesperado
nesse campo de cansaço
em que o repouso
cresce, trazendo a razão
aos braços da loucura.
Os teus olhos onde
os meus mergulham, lago
manso da tarde que
empurramos, à janela,
até o dia inteiro
ser madrugada.
E ver-te acordar, como
o brilho que salta de antigas
colinas e se espalha
por frescos lençóis de
onde te roubo, abrindo
a manhã.
JÚDICE, Nuno, O Estado dos Campos
2 comentários:
É! Há coisas assim...
Sabes o que te digo? Guarda-o bem, não o percas...um dia dei um destes, e nunca mais o vi...
nem à caixinha de rapé
four-si-ei
Este céu passará e então
teu riso descerá dos montes pelos rios
até desaguar no nosso coração
Ruy Belo
EU
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