"Tira-me o pão, se quizeres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas as portas da vida."
In: NERUDA, Pablo, Os Versos do Capitão, trad. Albano Martins, Campo das Letras, Editores S.A.
3 comentários:
Não!!!!!!!!!!
O pão não, não me tirem o pão que emagrço logo, gosto tanto daquele paozinho fresquinho com manteiguinha que o padeiro Valdemar pendura logo pela manha na porta
è que aqui só se come Doiradinhos, e eu até gosto de empadão...
Pablito perdoa-me,eu juro que gosto mesmo das coisas que escreves e prometo penitenciar-me, é que hoje não tomei os comprimidos
4c-A
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Pablo Neruda
EU
Voltaste às poesias...
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