quinta-feira, maio 31, 2007

Escrever qualquer coisa

O objectivo é escrever algo por aqui, mas, para não variar, falta aquele jeito. A tal inspiração. (Talvez se acender um cigarro ela venha.)

(A acender um daqueles que todos tentam combater até com leis.)

Um casal amigo meu foi até Sevilha (Sevilla) (e vou aprender como se escreve isso em grego :) ). Claro, trouxeram-me de lá um isqueiro. Digam lá como é que poderiei ter aqueles pensamentos mórbidos sobre deixar de fumar? Incentivam-me o vício ( ;) boa desculpa). A verdade, a verdade mesmo é que adoro o meu cigarro. Acendê-lo pela manhã ao mesmo tempo que tomo um café é algo indescritível. Aquela sensação de partilha num acordar, que só eu e o meu cigarro conhecemos (claro que também o cusco do café!). Inalar o seu fumo, vê-lo desaparecer por entre os meus dedos é algo que ultrapassa qualquer legislação.

Não pretendo fazer aqui a apologia do tabaco, na verdade só quero que me deixem fumar em paz. Não é pedir muito, pois não?

Não condeno, de forma alguma, quem não fuma, mas isso é inquestionável. E de que têm direito a um espaço sem fumo, também é inquestionável. Mas, por favor, procurem outros cafés que não aqueles que eu frequento. Felcom, tenho direito, por força da tradição, aos meus espaços de fumo.

Expliquem-me que piada terá uma tasca sem fumo?

Penso que se deveriam preocupar mais com o consumo de alcool. Esse sim, destruiu e destroi lares todos os dias. É vê-los despedaçados.

Mas não, parece-me que acordaram e tiveram de tirar à sorte um dos vício para implicarem. E logo teve de calhar a sorte ao tabaco. Claro que no saco das sortes o único vício que lá estava era, precisamente, o tabaco. Sim, sim, pois o alcool até dá jeito (e um dia deste colocarei aqui a justificação desta minha afirmação (agora rimei, serei poeta? : ) ).

(Isto hoje não correu nada bem : )

sábado, maio 26, 2007

Tem algo parecido mais em baixo

Estou aqui há horas a ver se consigo pensar em algo para colocar aqui. Mas, lá está, porque será que me dou a esse trabalho? (ao trabalho de pensar!)
Na verdade pareço o gato ali do lado :S é só tabaco.
E por falar em tabaco. Acabei de recordar a cena de terem tirado do mercado algumas marcas de tabaco porque continham monóxido de carbono nas 10 mg. Lembro-me de me ter revoltado nessa altura. Mas que coisa. Eram apenas 10mg! Sim, umas míseras 10mg de monóxido de carbono. Senti-me uma bomba prestes a explodir, ainda por cima estava a fumar uma dessas ditas marcas "proibidas". (claro que não deixei de a fumar de imediato, mas a verdade é que deixei, paulatinamente, de a comprar)
Pareceu-me e parece-me hipocrisia essa coisa das 10mg, dos locais públicos onde é proibido dar um grande trago no nosso cigarro logo a seguir ao maravilhoso e cremoso café. Mas a questão da dita hipocrisia é que parte da porcaria do imposto do tabaco é direccionada para a saúde.
Co caneco! Na saúde???? Então? Convém sermos realistas. Se as pessoas passarem a fumar menos donde virá o capital para a saúde???
E digam-me cá uma coisa, será que farão como nos EUA? Aumenta-se os níveis de nicotina no tabaco, não se informa o consumidor e ficaremos ainda mais agarrados.
Se bem que… essa “cena” de ficarmos agarrados dará um bom negócio para a indústria farmacêutica. É sério. Então vejamos, lá tem daquelas coisas que supostamente ajudam fumadores a deixarem o tal vício que sustenta a saúde. Hummm agora fiquei preocupada.
Vejamos:

- parte do imposto é investido na saúde;
- é proibido fumar, logo (segundo aquelas maravilhosas cabeças) menos pessoas fumarão;
- consequência – falta de fundos públicos para investir na saúde.

- indústria tabaqueira aumenta níveis de nicotina para não perder os clientes que já tem e agarrar bem os potenciais clientes que ainda possa vir a ter.
- consequência – mais e novos cancros de pulmões, da laringe, do esófago; do estômago e acreditem que ainda irão estabelecer um paralelo com o cancro da mama.

- indústria farmacêutica possui aquelas coisas para ajudar a deixar o tal vício que contribui para a saúde.
- consequência: (como é proibido fumar e alguns tentaram deixar o vício – tal como eu tentei) aumento da venda daqueles produtos de deixar de fumar (que na realidade estavam ao fundo do depósito a ocupar o espaço das aspirinas); com os mais e novos cancros, aumento de venda de determinados medicamentos (e também da aspirina) logo grandes lucros para esta indústria.

DÚVIDA: SERÁ QUE A INDÚSTRIA FARMACEUTICA INVESTIRÁ METADE DAS TAIS RECEITAS, DOS TAIS BENDITOS PRODUTOS, NA SAÚDE?

INFORMAÇÃO: A aspirina serve para nos esvairmos em sangue, assim se pretender algo parecido com a morte por esvaziamento é melhor não considerar a aspirina, pois temos mais água no organismo que sangue (será? - na dúvida mantenha o charme ).

(Estou zonza, o melhor é fumar mais um cigarro.)

terça-feira, maio 15, 2007

Sei lá...

Estou irrequieta. Nem sei bem o que tenho. Aprece-me algo… não sei bem o quê, mas apetece-me.
Acho que esta coisa de estar de “ausente” deve ser positivo. Mas também acho que tenho de pensar nisso um pouco mais. Estas coisas de positivo têm sempre o seu lado negativo. É aquela cena do Yin Yang. Ainda vou saber quem andou a espalhar isto.
Treta, hoje só me dá para treta. Contudo, parece-me que se salva a do priolo (não o priolo).
Por falar em priolo, lembrei-me agora dos cagárros. Sim aqueles bichos, também com penas e asas, que passam a vida a “gritar” perto do mar, nas encostas.
Se bem me lembro no ano passado andavam a salvar cagárros. Recordo ter ouvido isso no rádio “SALVEM OS CAGÁRROS”.
Mas que coisa!!!!!!!!!!!!
Porque é que só se lembram de salvar algo quando esse algo está em vias de extinção?
Com esta cena da extinção recordei das baleias e da música do Roberto Carlos. Não sou fã, mas aquela música sempre me fez ficar triste.
Vá, agora estou triste…
O melhor é parar de escrever por aqui, não vão começar a saltar “peixinhos” dos meus olhos.

Priolo

Soube que estavam em extinção… Fiquei até preocupada. Depois reflecti um pouco e decidi colocar um priolo por aqui.
Não vá o diabo tecê-las e eles desaparecerem mesmo.
Na verdade aconteceu-me algo um pouco estranho. Estava eu, no carro, a sair de um jardim, (sim de carro a poluir um jardim, era eu sim senhor) e vi um pássaro. Estranhei o facto de ele estar de óculos escuros e de casaco à tropa, estranhei ainda mais ele estar a assobiar para o ar. Então, decidi perguntar o que se passava. Aproximei-me devagar, mas muito devagar, também a assobiar, como quem não quer a coisa, e disse:
- Eh, pássaro dos óculos escuros!!
- Estas a falar para mim? – retorquiu ele.
- Não estou a falar com aquele melro negro que está ali adiante a comer uma minhoca. – respondi eu. – Claro que é contigo! Diz-me cá porque estás assim vestido e de óculos escuros?
- Estou disfarçado! – disse ele, olhando com um ar muito nervoso para um lado e para o outro.
- Porquê? – insisti.
- Epá porque dizem que estou em vias de extinção. Vá que me encontram por aqui, vá que descobrem que eu sou eu? e me metem numa gaiola? Hum? hum? já pensaste nisso? Hum? hum? – respondeu-me com aquele ar de quem sabe do que fala.
Com esta limitei-me a acenar a cabeça com um ar de concordância e regressei ao carro.

(Esperavam um fim diferente? Pois eu também.)